Todas as palhetas FJF (exceto as de Iniciação) são adequadas para oboístas de todos os níveis, até mesmo o nível profissional. A FJF produz três variedades se que adaptam às diferentes necessidades de cada um. ​

Em termos de resistência das palhetas, os oboístas em fase de iniciação devem optar por palhetas macias e com uma emissão fácil – FJF Iniciação. Para o nível intermédio, médio-difícil, pode optar-se por uma palheta FJF Standart. Para o estudante de nível avançado ou profissional, existe uma palheta mais encorpada, a FJF Profissional.​

​FJF Iniciação
Palheta de fácil emissão, macia, respondendo muito bem com uma sonoridade pouco clara. Agradável sonoridade e conforto para o oboísta iniciante. Apropriado para iniciantes até aos 7 anos que apenas explorem o registo da primeira oitava.

FJF Standard
Palheta médio-difícil emissão, respondendo muito bem. Apropriada para os oboístas que querem uma cana bem equilibrada, confortável em todos os registros, ágil e com um bom som ressonante.

FJF Profissional
Palheta agradavelmente ágil, mais substancial do que a FJF Standart e com um tom mais suave. É uma palheta mais apropriada para oboístas experientes. A cana é mais encorpada, oferecendo um som escuro e rico, mas com uma boa ressonância e resposta (escolha de Frederico Fernandes).

Tente algo novo (Preço/Hora)
Se a palheta selecionada não é a mais adequada para si, devolva-a e experimente uma outra. Poderá marcar uma hora com o oboísta Frederico Fernandes no seu atelier para que este o ajude a escolher outra solução. Desta forma, poderá optar por outras palhetas, tendo em conta as suas preferências e o instrumento que toca. Para obter mais informações, consulte a FJF através do seu email.​

Antes de testar a vibração da palheta, mergulhe-a em água cerca de 30 segundos, deixando-a, de seguida, repousar fora da água por cerca de dois minutos. Sacuda o excesso de água e obrigue-a a vibrar de forma a encontrar uma vibração fácil e duradoura, sem qualquer esforço exagerado. Se estiver demasiado aberta, feche a ponta, pressionando com os dedos durante alguns segundos.

Não é aconselhável deixar as palhetas demasiado tempo na água. As lâminas da palheta, com o excesso de humidade, tendem a ficar demasiado pesadas, influenciando a sua vibração. Esta tornar-se-á resistente. Poderá ainda afectar, a abertura da palheta, tornando-a demasiado aberta.

Também o contacto com a saliva não é apropriado, na medida em que esta é o primeiro momento da digestão, contendo enzimas como a amilase, que ajudam na decomposição química. Se quiser aumentar a longevidade das suas palhetas, não o faça.

Depois de terminar a sua performance musical com as palhetas, coloque-as novamente na água durante alguns segundos. Este procedimento resulta na limpeza da cana, de forma a aumentar a durabilidade das palhetas.

Se uma palheta for demasiado resistente, poderá ser ajustada na raspagem, muito cuidadosamente, na ponta e no coração, com uma faca de raspagem de oboé.

É na palheta que nasce o som do oboé, pela vibração de dois pedaços de cana, e, posteriormente, amplificado pelo tubo cónico do instrumento. Daí ser extremamente importante a escolha dos melhores materiais para a sua construção.

De facto, há uma enorme dificuldade em controlar todos os fatores inerentes à construção de uma palheta sempre igual, uma vez que as canas provêm de um meio natural de cultivo, a natureza.

Apesar de não se poder controlar todos os fatores, graças a um conjunto de informações pertinentes e a uma seleção rigorosa dos materiais, é possível encontrar uma margem de sucesso elevada. Apesar das suas diferenças, todas as palhetas possuem qualidades singulares, que podem ser usadas em diferentes momentos/estilos musicais (música de câmara, orquestra, solo, para estudar).​

Nesta diversidade infindável de materiais, a capacidade de adaptação será o fator que mais contribuirá para o sucesso na carreira de um oboísta. Embora haja bastante informação sobre o assunto, atualmente, há ainda muitos oboístas a tocarem com palhetas pouco adequadas a si e ao seu instrumento, deixando de explorar ao máximo o que cada um pode oferecer aquando uma performance musical.

A seleção das palhetas, numa fase inicial, deve partir do que é standard. Posteriormente, há que experimentar e testar diferentes materiais até se escolher a mais apropriada. Palhetas mal feitas são instáveis e a falta de foco em termos de produção de tom exigirá muito mais de cada um. Assim, a palheta assume um papel preponderante na produção da qualidade do tom, da resposta e emissão, entonação e articulação.